quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Botox - Uso na Oftalmologia

O BOTOX (toxina botulínica A) é um medicamento usado de forma injetável (injeção) para tratamentos estéticos, corrigindo rugas de expressão, melhorando a expressão facial, corrigindo a queda da pálpebras etc...



No entanto, o Botox também é usado na oftalmologia para correção de diversas doenças, como blefarosespasmo essencial, espasmo hemifacial, distonias e para corrigir alguns casos de estrabismo.
Botox na verdade é o nome comercial mais conhecido da toxina botulínica mas existem outras formas disponíveis como o  Dysport, da Suécia e o Prosigne, da China.

Como o Botox age?

O Botox é uma neurotoxina produzida por um grupo de bactérias (Clostridium botulinum) e que afeta ou paralisa a função dos músculos aonde eles são injetados. A sua ação é temporária, durando em média de 4 a 6 meses.

Botox e Blefaroespasmo

Blefarosespasmo: Antes e depois da injeção do Botox
Blefaroespasmo é uma desordem neuromuscular em que há contração involuntária dos músculos ao redor do olho (músculos orbiculares). Com isso, a pessoa tem contrações intensas nessa região, "piscando" muito e de forma involuntária, o olho. A pessoa pode referir sensação de ressecamento, dor ocular ou dor de cabeça. Em casos mais intensos a pessoa chega a ser considerada com "cegueira funcional" porque fica mais tempo com o olho fechado (contraido) do que aberto.
O Botox é aplicado diretamente nesses músculos, impedindo que eles se contraiam e devolvendo ao paciente uma vida normal.
Depois de 4 ou 6 meses, o efeito do Botox passa e é preciso fazer nova aplicação. A cada aplicação nova, o tempo de duração do Botox diminui.

botox no olho
Locais de aplicação da injeção do Botox ao redor do olho

Botox e Espasmo hemifacial

O espasmo facial é uma doença em que há contração de toda a musculatura de uma metade da face. A pessoa apresenta contrações involuntárias da musculatura periocular (olho) e perioral (ao redor da boca).
O botox é feito de forma idêntica ao do blefaroespasmo facial.

Uso do Botox em casos de Estrabismo


Estrabismo é o grupo de doenças em que os olhos não ficam paralelos, ou seja, cada olho olha em uma direção diferente. São aqueles casos popularmente conhecidos como "vesgos". O estrabismo ocorre porque os músculos que mexem os olhos para um lado e para o outro e para cima e para baixo, não tem a mesma força. Com isso o olho fica desviado para um dos lados. Existem diversos tipos de estrabismo e em alguns deles é possível usar o botox para corrigir a posição dos olhos. O botox é feito no músculo que está mais forte e dessa forma consegue-se o equilíbrio de força entre os músculos e os olhos voltam a ficar paralelos.

Complicações do uso do Botox

Em casos de aplicação na região perto das pálpebras, seja por motivos estéticos (diminuir rugas ou linhas de expressão por exemplo) ou para correção de espasmos faciais, dois tipos de complicações podem ocorrer:
- A pálpebra cai e o olho fica "meio fechado" (Ptose): Se o músculo que mantém a pálpebra aberta for atingido pelo medicamento, a pálpebra fica caida e além de ficar esteticamente ruim, o campo de visão também fica prejudicado. Isso é o que chamamos de ptose.
- Exposição exagerada do olho: Quando se faz muito botox com o objetivo de diminuir as linhas de expressão, o olho pode perder a capacidade de piscar completamente, ficando parcialmente aberto. Isso resseca a córnea, causando uma sensação de ressecamento e até causar comprometimento da acuidade visual.

Para saber mais sobre o uso do Botox na medicina, leia: BOTOX | Aplicações terapêuticas e cosméticas

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