quarta-feira, 30 de março de 2011

Olho Biônico e Retinose Pigmentar


Uma nova esperança para as pessoas que sofrem de cegueira. Ainda em fase de estudos, a prótese  de retina, ou popularmente "olho biônico", já aparece como uma nova opção de tratamento para alguns pacientes que perderam a visão e já não tinham mais esperanças de voltar a enxergar. O olho biônico nada mais é que uma espécie de camêra eletrônica que é implantada dentro do olho do paciente e transmite a imagem.

Ela vai restituir parte da visão e possibilitar que indivíduos cegos voltem a enxergar de forma rudimentar.
Pesquisadores na Austrália já desenvolveram um implante pronto para ser implantado em olhos humanos. Cientisitas americanos também já estão fazendo esses implantes em pacientes com retinose pigmentar. Testes com esse tipo de olho biônico já foram feitas na Inglaterra e no México. No atual ano de 2012, os estudos ainda estão em fase de testes nos principais centros de pesquisa do mundo, portanto, não adianta ir ao consultório do seu médico perguntado sobre o implante porque ainda não está disponível comercialmente no Brasil. 

Como funciona o olho biônico?

Um tipo especial de prótese eletrônica que funciona como um microchip é implantada dentro do olho, mais precisamente logo acima ou abaixo da retina. O nome técnico é implante retiniano ou implante sub-retiniano. Uma camêra colocada numa armação de óculos envia as imagens para esse microchip que então emite sinais elétricos para o nervo óptico, permitindo que o cérebro forme as imagens.

Olho Biônico

Quais pessoas podem se favorecer desse olho biônico?

Como a visão proporcionada pelo olho biônico não é muito boa, ele só é colocado em quem está completamente ou quase completamente cego. Principalmente pessoas que sofrem de retinose pigmentar, degeneração macular ou outras doenças da retina são candidatas a essa prótese.

Como é a visão da pessoa com olho biônico?

A visão do olho biônico não é perfeita. Pelo contrário, ela ainda é bem simples. A pessoa não vai ser capaz de ler ou dirigir, porém vai ser capaz de andar sozinha, identificar as pessoas etc. Para quem não enxerga nada, essa visão, mesmo que simples, transforma a vida da pessoa.

O olho biônico serve para evitar usar os óculos?

Não, de jeito nenhum. Como dito acima, a visão da prótese é bem rudimentar e não vai ser usada para eliminar o uso dos óculos. Para isso, existe a cirurgia refrativa. Leia aqui mais sobre essa cirurgia.

Já existe olho biônico no Brasil?

Ainda não há centros de pesquisa desse novo tratamento no Brasil. Mas há cirurgiões habilitados para tal e que podem fazer parte dos estudos internacionais e que poderão fazer essa cirurgia assim que estiver disponível comercialmente.

Há expectativa que esse olho biônico se popularize e fique disponível no Brasil?

Sim. Com certeza esse é um novo campo de pesquisa e dependendo dos resultados clínicos e dos novos avanços da medicina, pode ser que nos próximos anos já tenhamos esse olho biônico disponível em nosso país. Mas é difícil precisar quando. Mesmo nos países mais desenvolvidos e pioneiros nessa técnica ainda vai levar um tempo até o uso comercial desses implantes.

Leia mais sobre a Retinose Pigmentar nesse texto abaixo
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/10/retinose-pigmentar.html 


Saiba como proteger seus olhos dos efeitos nocivos do Sol
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/12/proteja-seus-olhos-do-sol.html

sexta-feira, 18 de março de 2011

Novas lentes de óculos, Varilux, Hoya, Rodenstock

Os principais fabricantes de óculos multifocais tem lançado lentes novas no mercado, com tecnologias modernas, visando proporcionar uma melhor qualidade de visão ao usuário.
Toda lente de óculos multifocal limita um pouco o campo de visão e causa uma certa distorção das imagens quando o olho sai do centro da lente. Isso é especialmente importante para o paciente com presbiopia (vista cansada) e que também apresenta astigmatismo.

Obs: Esse post NÃO é um post patrocinado. Esse blog NÃO recebeu qualquer incentivo financeiro para expor as informações aqui contidas. É apenas um serviço de informação

A Essilor, fabricante da Varilux, lançou no mercado a tecnologia Point by Point Twinning. Essa tecnologia utiliza complexos cálculos de superficie óptica aumentando a precisão da visão em qualquer direção do olhar.
As lentes multifocais da Varilux mais modernas são a Phisio, Phisio 360o e Phisio 360 new edition.
Visão com lente multifocal comum

Visão com a Lente Phisio
Além disso a varilux também conta com uma lente multifocal personalizada chamada Ipseo New Edition. Essa é a lente mais exclusiva e mais moderna da Essilor/Varilux.


Já a fabricante japonesa Hoya, traz ao mercado as tecnologias Freeform e Trueform technology. Com essa tecnologia as lentes sofrem uma surfaçagem computadorizada especial dando ao paciente uma lente personalizada. Todas essas lentes já vem com tratamento anti-reflexo No-Risk. A Hoya então oferece para os pacientes com presbiopia (vista cansada) a Hoyalux ID lifestyle e, para os pacientes com astigmatismo e presbiopia, a Hoyalux Summit 14 trueform e a Hoyalux wide trueform.
Comparação das lentes Hoyalux Lifestyle
Comparação das lentes multifocais trueform da Hoya
A Rodenstock é uma fabricante de origem alemã que agora tem fábrica no Brasil e traz lentes multifocais de alta qualidade. Com a digital technology e a tecnlogia retina-focus, as lentes digitais Life 3D da Rodenstock são individualizadas para cada paciente de acordo com o grau prescrito e o tipo de armação de óculos escolhida. Além desse modelo, a Rodenstock também dispõe de lentes com tecnologia free-form, como as lentes Impression e Multigressiv MyView. As lentes Progressiv Life 2 e XS já são totalmente fabricadas no Brasil enquanto as outras são feitas na Alemanha.

As lentes Varilux e as lentes Hoya podem ser combinadas com a tecnologia Transitions, de escurecimento das lentes, chamadas de lentes fotocromáticas. (varilux transitions e hoya transitions)
Lentes Transitions
Além disso, um tratamento oferecido é que é muito útil é o anti-reflexo e anti-arranhão. Em lentes tão caras mas que são usadas quase que o tempo todo, o antirreflexo proporciona um conforto grande (principalmente ao dirigir a noite) além da melhora estética e o anti-abrasão (ou anti-arranhão) aumenta a vida útil das lentes.
Sem antirreflexo
Com antirreflexo

Quer usar lentes de contato para longe e para perto? Já existem lentes de contato multifocais. Leia abaixo
Dicas para voce ter uma boa adaptação com os óculos multifocais. Leia aqui

Saiba como escolher a armação certa para o seu rosto 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Olho vermelho. O que pode ser?

O Olho vermelho (ou síndrome do olho vermelho) é um sinal de várias doenças nos olhos. A causa do olho vermelho é variada, ou seja, diferentes doenças podem causar olho vermelho como conjuntivite viral, conjuntivite bacteriana, uveite, alergia ocular, olho seco, blefarite, hemorragia subconjuntival, pterígio.
Alguns dados podem ajudar a dizer qual dessas doenças é a causa da vermelhidão do olho do paciente.
É isso que vamos tentar explicar agora, o que pode ser o olho vermelho

Olho vermelho e Conjuntivite:
A conjuntivite é uma das principais causas de olho vermelho, tanto a conjuntivite viral quanto a bacteriana.
Características do olho vermelho na conjuntivite
- acomete todo o olho, principalmente na parte interna das pálpebras
- geralmente é nos 2 olhos, podendo ser mais intensa em 1 dos olhos
- além da vermelhidão, tem secreção, lacrimejamento, muito incômodo, ardência e fotofobia. É um olho vermelho dolorido e com secreção
- pode ter coceira mas geralmente é leve
- a conjuntivite é contagiosa
- dura entre 7 e 14 dias e pode melhorar mesmo sem tratamento
Leia mais sobre a conjuntivite e o seu tratamento clicando aqui

Conjuntivite. A vermelhidão é em todo o olho
Olho vermelho e alergia ocular
A alergia ocular ou conjuntivite alérgica também é uma importante causa de olho vermelho, principalmente em crianças. É um olho vermelho inchado, irritado e com coceira.
Características do olho vermelho na conjuntivite alérgica
- a principal característica é a coceira intensa nos olhos. (se não tiver coceira provavelmente não é alergia)
- a vermelhidão ocorre em todo o olho e não costuma ser muito intensa
- acomete os 2 olhos
- tem pouca ou nenhuma secreção e não é contagiosa
- a vermelhidão piora quanto mais a pessoa coça
- apresenta inchaço das pálpebras, principalmente se a pessoa coçar muito o olho
- ocorre mais em crianças e em pessoas com história de rinite, bronquite, sinusite
- Geralmente não melhora se não for tratado
Leia mais sobre coceira nos olhos e alergia, clicando aqui

Alergia ocular. Perceba o olho vermelho e a pálpebra um pouco inchada
Olho vermelho e a Uveite
A uveite é uma causa rara de olho vermelho mas no entanto pode ser a mais grave delas. O médico deve ser consultado rapidamente.
Características do olho vermelho na Uveite:
- geralmente só ocorre em 1 dos olhos
- costuma causar prejuízo na visão
- acomete a parte dos olhos ao redor da íris (íris é a parte colorida do olho)
- não tem secreção e não é contagiosa
- geralmente não melhora se não for tratado
Leia mais sobre Uveite clicando aqui
Uveite. Perceba que a vermelhidão fica em torno da íris
Olho vermelho associado à blefarite e ao olho seco
O olho seco e a blefarite são causas relativamente comuns de olho vermelho, principalmente em pessoas mais idosas.
Características do olho vermelho na blefarite e no olho seco
- geralmente é uma vermelhidão leve
- acomete mais a parte média do olho, ou seja, a parte que fica exposta ao ar. A parte do olho coberta pela palpebra geralmente permanece clara
- não tem secreção, não é contagiosa e costuma não atrapalhar a visão
- costuma ter também sensação de areia nos olhos, ardência, sensação de ressecamento
- piora em ambientes secos, com vento, ambientes com ar condicionado
Leia mais sobre a síndrome do olho seco, clicando aqui

Olho seco. A vermelhidão é só na parte central do olho
Para saber como tratar a blefarite, clique aqui

O olho vermelho e o Pterígio
No pterígio, o olho não fica o tempo inteiro vermelho, tem momentos que fica piores e em outros melhores
Características do olho vermelho no Pterígio
- a vermelhidão acomete só a parte do olho aonde fica o pterígio, isto é, na parte interna, perto do nariz. O restante do olho fica normal
- tem ardência, lacrimejamento, irritação com a luz
- piora quando o olho é exposto ao vento, à luz ou a claridade intensa
- a vermelhidão melhora com colírios lubrificantes ou colírios com vasoconstritores
Leia mais sobre Pterígio clicando aqui


Pterigio. Perceba a vermelhidão só no canto do olho
Olho vermelho e uso de lente de contato
O uso crônico e frequente de lentes de contato podem deixar o olho vermelho. Geralmente, é uma vermelhidão leve e que melhora ao ficar algumas horas (ou dias) sem usar a lente. Mas é um sinal de que algo está errado e a pessoa precisa ir no oftalmologista ver se há algo errado com as lentes ou com o olho.
Leia mais sobre lentes de contato, clicando aqui


O olho vermelho e a hemorragia subconjuntival
A hemorragia subconjuntival (derrame no olho) (hiposfagma) é uma causa não muito comum de olho vermelho mas que chama muito atenção e preocupa muito o paciente. É comum vermos nos consultórios médicos, pessoas muito preocupadas devido à hemorragia subconjuntival. Na verdade, essa preocupação não é justificada pois esse quadro não causa nenhum transtorno à visão. Não há riscos de perda parcial ou total da visão devido a hemorragia subconjuntival

Características do olho vermelho na hemorragia subconjuntival
- é um vermelho muito intenso, não permitindo que se veja os vasos sanguíneos normais da parte branca do olho
- não causa dor, não prejudica a visão, não tem secreção, não tem ardência... ou seja, a pessoa tem só a vermelhidão no olho e mais nada. Ás vezes, a pessoa só percebe que o olho está vermelho quando se olha no espelho ou alguém comenta, porque ela mesmo não sentia nada
- ocorre mais em pessoas com pressão arterial elevada (hipertensão arterial) ou que tiveram algum aborrecimento ou fizeram grande esforço físico
- melhora espontaneamente, ou seja, mesmo sem tratamento em um período de 7 a 21 dias
Hemorragia subconjuntival. Perceba a vermelhidão intensa e localizada, como um derrame.
Olho vermelho na Episclerite e na Esclerite

A episclerite é uma inflamação da fina camada transparente que cobre a esclera (parte branca do olho). Já a esclerite é a própria inflamação da esclera do olho. São causas raras mas importantes de olho vermelho.
Na episclerite a inflamação se limita a uma parte do olho e ocorre uma dor leve. Na esclerite, a vermelhidão é intensa, pode acometer todo o olho ou só uma parte e a dor é intensa.
Esclerite


Episclerite


Vai precisar usar colírios ? Então leia sobre o modo correto de pingar os colírios no olho e evitar desperdícios
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/10/como-pingar-colirios-de-forma-correta.html 



Está com Terçol? Quer saber mais sobre o assunto? Então leia esse texto abaixo
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/05/tercol-hordeolo-e-calazio.html 



O site a seguir tem um belo material sobre olho vermelho, listando diversas causas e alguns casos clínicos. Para quem lê bem inglês, pode ser uma boa fonte de pesquisa.
http://www.wrongdiagnosis.com/sym/red_eye.htm


sábado, 12 de março de 2011

Pterigio e Cirurgia de Pterigio

Pterígio ou pterígeo é um crescimento do tecido da conjuntiva sobre a córnea. A conjuntiva é o tecido que cobre a parte branca do olho, chamada de esclera. Por algum motivo, esse tecido se espessa, fica mais vascularizado e cresce sobre a córnea, que é a parte transparente do nosso olho.

Pterigio

O que causa o Pterígio ?
O pterígio é mais comum em pacientes com muita incidência de luz solar, próximos da linha do equador, e em pessoas que trabalham expostas ao sol (pescadores, trabalhadores rurais etc). Ocorre com mais frequência em homens a partir dos 30 anos. 
Pelo que foi dito acima, podemos ver que o principal fator de risco para o surgimento do pterígio é a luz solar. Mas também há um fator genético, individual. Ou seja, pessoas que ficam muito expostas ao sol, não desenvolvem o pterígio enquanto outras que morar em locais mais frios e ficam mais dentro de casa, acabam desenvolvendo essa alteração

Qual a evolução do pterígio ?
No começo, o pterígio é pequeno e só é possível ver pequenos vasos sanguíneos na região próxima a córnea. Com o tempo, o pterígeo fica mais grosso, os vasos mais calibrosos e o tecido avança sobre a córnea, em direção ao centro, a pupila (aquela "bolinha" preta no centro do olho). Quando o pterígeo atinge ou chega perto da pupila ele já começa a afetar a visão. Essa evolução é lenta, ao longo de meses ou anos.

Quais os sintomas do pterígio?
O principal sintoma do pterígio é a vermelhidão do olho. Essa vermelhidão é principalmente no canto do olho, próximo do nariz. Além disso, também ocorre ardência, lacrimejamento, fotofobia, dificuldade em manter os olhos abertos na claridade (fotofobia) e sensação de areia nos olhos
pterigio pequeno
pterigio de tamanho médio
pterigio grande, já atingindo a pupila

O pterígio pode prejudicar a visão ?
Sim. O pterígio pode prejudicar a visão de duas formas. A primeira é tracionando a córnea e consequentemente, distorcendo a formação das imagens (causando astigmatismo). A outra forma é quando ela tampa o eixo visual, isto é, cobre a pupila (também chamada de "menina dos olhos"). (veja as fotos acima)

Qual é o tratamento do Pterígio ?
O tratamento do pterígio nas formas iniciais é apenas com colírios lubrificantes e/ou vasoconstritores para aliviar os sintomas e diminuir a vermelhidão. Mas quando a doença aumenta, o único tratamento possível é a cirurgia.

Como é a cirurgia do pterígio ?
A cirurgia do pterígio  é feita em centro cirúrgico, com anestesia local (ou seja, a pessoa fica acordada e não recebe anestesia geral), dura em média 15 a 30 minutos, e a pessoa vai para casa no mesmo dia e com curativo no olho. Nos primeiros dias, o olho fica vermelho e irritado mas com o uso dos colírios vai voltando ao normal em alguns dias ou semanas.
imagem mostrando a retirada do pterigio durante a cirurgia

Existem várias técnicas para a cirurgia do pterígio. Em todas elas, realiza-se a retirada total do pterígio, a diferença é no que é colocado no local onde antes havia o pterígio. Na técnica mais simples, não coloca-se nada no local. Na técnica mais atualmente utilizada coloca-se uma parte de conjuntiva retirada de outro local do olho (transplante de conjuntiva). Em outra técnica, coloca-se um tecido chamado membrana amniótica (transplante de membrana amniotica) que é um tecido retirado da placenta e processado em laboratório especializado.
A colocação desses tecidos ou enxertos (conjuntiva ou membrana amniótica) visa diminuir a chance do pterígio voltar ou recidivar.
Além disso, alguns oftalmologistas utilizam um medicamento chamado mitomicina C para diminuir a chance do pterígio voltar. Ele pode ser usado durante a cirurgia ou no pós operatório na forma de colírio.
Uma técnica antiga que não tem sido mais utilizado para a cirurgia do pterígio é a betaterapia. Por muito tempo ela teve seu papel mas pelas complicações existentes foi substituida pelas técnicas mais modernas
Pterigio antes da cirurgia e 1 dia depois da cirurgia
Pterigio após da 6 meses da cirurgia 


É preciso dar pontos na cirurgia de pterígio?

Em geral é neccessário dar pontos na cirurgia de pterígio, para fixar os "enxertos" (conjuntiva ou membrana amniótica) colocados. No entanto, em alguns lugares, já é usado uma cola biológica que gruda esses enxertos e evita a necessidade dos pontos. Isso é a cirurgia de pterígio sem pontos.

No vídeo abaixo é possível ver uma cirurgia de pterígio. A cirurgia não foi feita por nós, mas é possível ver a retirada do pterígio, a retirada da conjuntiva sadia que vai ser usada como transplante e a sutura com pontos

O pterigio pode voltar?
Sim, o pterigio pode voltar mesmo após a cirurgia. Por isso é importante a realização dessas técnicas mais modernas com colocação de membrana amniótica ou o transplante conjuntival. O uso da mitomicina C também diminui a chance do pterígeo voltar após a cirurgia. 

O que é a pinguécula ?
Pinguécula é o nome dado a uma elevação amarelada, as vezes com alguns vasos sanguíneos, localizada na mesma região do pterígeo. Alguns cientistas, acreditam que a pinguécula seja o ínicio do pterígio. Ou seja, a pinguécula pode ser um pterígio inicial, pequeno.
pinguécula

Está com o olho vermelho e não sabe a causa? Leia o texto abaixo e descubra
http://www.medicodeolhos.com.br/2011/03/olho-vermelho-o-que-pode-ser.html 


Leia mais sobre a Cirurgia da Catarata
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/04/catarata-diagnostico-e-cirurgia.html 


Saiba como escolher seus óculos escuros e se proteger do sol
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/12/proteja-seus-olhos-do-sol.html 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cego: Causas de cegueira no Mundo e no Brasil

Segundo dados da Organização Mundial de Sáude (OMS), existiam, no ano de 2002, 37 milhões de pessoas cegas no mundo todo. Isso representa 6 pessoas cegas a cada grupo de 1000 pessoas.
A maioria das pessoas cegas no mundo estão na Ásia e na África, principalmente nas regiões mais pobres.
Outras estimativas elevam esse número para 50 milhões de cegos.

Importante lembrar que quando falamos cegueira, não é necessariamente a pessoa que não enxerga absoltumente nada, mas sim a pessoa que tem a visão menor do que 5%. Isso é o que chamamos de cegueira legal. 
  • 90% dos casos de cegueira ocorrem nas áreas pobres do mundo
  • 60% das cegueiras são evitáveis
  • 25% das cegueiras tem causa infecciosa
  • 20% das cegueiras já instaladas são recuperáveis
Outros dados alarmantes da OMS estimam que a cada ano 500.000 crianças ficam cegas no mundo. Os países em desenvolvimento abrigam 90% dessas crianças.

Causas da cegueira

Diabetes Mellitus

No ano de 2000, existiam 115 milhões de pessoas com diabetes no Mundo. Esse número deve dobrar até 2030. Nos Estados Unidos, o risco de uma pessoa diabética ficar cega é de 0,05% ao ano. A diabetes é portanto, a amior causa de cegueira evitável no mundo em pacientes com idade de trabalho. 
O paciente diabético tem 29 vezes mais chance de ficar com baixa visão ou cegueira do que o paciente não diabético.


Catarata

48% dos casos de cegueira no mundo são causados pela Catarata. E a catarata é uma doença curável. Estima-se que 17 nilhões de pessoas sofram de catarata no mundo e se beneficiariam da cirurgia.


Glaucoma

O glaucoma é uma causas mais importantes de cegueira no mundo. A cegueira causada pelo glaucoma, ocorre principalmente em países pobres, inclusive no Brasil, porque a população não tem acesso aos serviços médicos.


Degeneração Macular Relacionada a Idade (DMRI)

É a principal causa de cegueira entre as pessoas maiores de 65 anos nos países ricos, desenvolvidos.
Entre 20 e 30% das pessoas acima de 75 anos são afetadas pela DMRI em algum grau (leve ou avançado).


Erros de Refração (grau de óculos)

Os erros de refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo) são muito comuns e muitas pessoas não usam óculos. A OMS reconhece que 153 milhões de pessoas no mundo apresentam baixa visão por não usarem óculos. Um exame tão simples e rápido mas que poderia ajudar tantas pessoas.


Outras causas de cegueira são:

Deficiência de Vitamina A, Tracoma (infecção causada por um  protozoário chamado Clamidia Tracomatis), Uveites e outras menos frequentes.

Classificação do nível de cegueira

Graus de comprometimento Visual

Grau 1 - Acuidade visual entre 20/70 (0,3) e 20/200 (0,1)
Grau 2 - Acuidade visual entre 20/200 (0,1) e 20/400 (0,05)
Grau 3 - Acuidade visual entre 20/400 (0,05) e 20/1250 (conta dedos a 1 metro)
Grau 4 - Acuidade visual entre 20/1250 (conta dedos a 1 metro) e percepção de movimentos da mão
Grau 5 - Somente percepção de Luz

obs: essas medidas de acuidade visual são medidas pelo oftalmologista no exame de refração (aquele de ler as letrinhas...) e significam a visão medida com o uso dos óculos.

Pela Classificação Internacional de Doenças (CID 10), que é o código adotado pelas perícias médicas para classificar o nível de cegueira, temos:

CID 10 - H54.0 Cegueira de ambos os olhos, classe 3, 4 e 5 

CID 10 - H54.1 Cegueira em um olho ( classe 3, 4 e 5) e visão subnormal em outro (classes 1 e 2)

CID 10 - H54.2 Visão subnormal de ambos os olhos (classes 1 e 2)

CID 10 - H54.3 Perda não qualificada da visão em ambos os olhos

CID 10 - H54.4 Cegueira em um olho  ( classe 3, 4 e 5) e visão normal no outro.

CID 10 - H54.5 Visão subnormal em um olho (classes 1 e 2) e visão normal no outro.

CID 10 - H54.6 Perda não qualificada da visão em um olho

CID 10 - H54.7 Perda não especificada da visão