sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Daltonismo e a visão das cores

Daltonismo é a alteração na percepção das cores. O daltonismo também é conhecido com discromatopsia.

A nossa visão de cores é dada pelas células da retina chamadas cones. Existem basicamente 3 tipos de células cones, cada tipo responsável pela visão de uma das 3 cores básicas. As cores básicas da visão são o
vermelho, o verde e o azul. As outras cores são, na verdade, a combinação dessas 3 cores básicas.



O indivíduo normal que distingue as 3 cores básicas é chamado de tricromatismo
O dicromatismo é quando a pessoa só distingue 2 cores
A forma mais comum de daltonismo é a deficiência para o verde e vermelho e é essa forma que realmente é chamada de daltonismo
Visão normal
A deficiência para o vermelho se chama Protanopia
Visão Protanopia
A deficiência para o verde se chama Deuteranopia
Visão Deuteranopia

A deficiência para o azul e amarelo se chama Tritanopia
Visão Tritanopia
Percebam que o que ocorre geralmente não é uma deficiência total para enxergar determinada cor (por exemplo o vermelho) mas uma dificuldade de perceber os tons daquela cor (laranja, vermelho, vermelho escuro) o que faz com que a pessoa confunda uma cor com outra.
A deficiência total para cores, ou seja, enxergar tudo em preto e branco é muito mas muito raro e se chama acromatopsia.

O que causa o Daltonismo?

Daltonismo é uma doença genética, ou seja, existe uma alteração nos cromossomos. Essa alteração genética provavelmente foi herdada do pai ou da mãe. Geralmente a alteração genética está no cromossomo X, e por isso o daltonismo é mais comum nos homens. (Como o homem só tem 1 cromossomo X e a mulher 2 cromossomos X é mais fácil acometer os homens). Estima-se que existe 8 homens acometidos para cada 1 mulher acometida.

Como saber se meu filho será Daltônico ?

Podemos usar uma simples regra de genética para estimar a chance de uma pessoa transmitir o gene do daltonismo para os filhos
Considerando que a alteração está no cromossomo X, teremos

  • Se a mãe não for daltônica nem portadora do gene alterado e o pai possuir visão normal, nenhum dos descendentes será daltônico nem portador.
  • Se a mãe possuir visão normal e o pai for daltônico, nenhum dos descendentes será daltônico, porém as filhas serão portadoras do gene alterado (O cromossomo X do pai é alterado e passou para a filha)
  • Se a mãe for portadora do gene alterado e o pai possuir visão normal, há a probabilidade de 50% dos filhos serem daltônicos e 50% das filhas serem portadoras do gene (O cromossomo X alterado veio da mãe)
  • Se a mãe for portadora do gene e o pai for daltônico, 50% dos filhos e das filhas serão daltônicos.
  • Se a mãe for daltônica e o pai possuir visão normal, todos os filhos serão daltônicos e todas as filhas serão portadoras.
  • Se a mãe for daltônica e o pai também 100% dos filhos e filhas também serão daltônicos.

Daltonismo: Diagnóstico
Teste de Daltonismo

Existem 2 tipos de exames para fazer o diagnóstico, dizer o tipo de daltonismo e a gravidade da deficiência de cores.
- Teste de Ishihara: Talvez seja o exame mais utilizado pois é de fácil manuseio. Consiste de placas com números formados por porntos de cores diferentes. A pessoa sem alterações enxerga um certo número e a pessoa com daltonismo, ou não enxerga número nenhum ou enxerga um número diferente.
- Anomaloscópio de Nagel: Esse aparelho emite uma luz amarela na metade do campo visual e na outra metade emite luzes de diferentes tons. Conforme a pessoa vai alternado esses tons, é possível detectar a dificuldade para perceber cores

Daltonismo: Tratamento

Até o momento não existe um tratamento definitivo e específico para o paciente daltônico
Em alguns casos, quando a pessoa não tem a visão de uma determinada cor ou tem acromatopsia (só enxerga preto e branco) é possível usar algumas lentes de óculos com filtros de cor. Essas lentes são conhecidas como lentes de filtro seletivos para uso medicinal e embora não corrijam completamente o problema, ao menos, diminuem o desconforto e melhoram o contraste

O uso de filtros coloridos também pode ser feito em lentes de contato. Existem lentes de contato para daltonismo, com diferentes filtros de cor, como mostrado nas imagens abaixo





 No futuro, o tratamento genético pode representar a cura para o daltonismo
Em algumas cidades há adaptação dos semáforos e sinais de trânsito para daltônicos. Também existem programas de computador que facilitam a vida do daltônico na hora de navegar na internet.

Curiosidades

- Algumas pessoas com daltonismo podem ter uma maior facilidade em reconhecer certos objetos, ver pessoas camufladas, escondidas etc... Em algumas situações o daltônico pode enxergar até melhor do que a pessoa com visão normal, principalmente a noite.
- Vincent Van Gogh, pintor holandês, era daltônico

Faça um Teste para Daltonismo. Teste para saber se você é daltônico


Veja que números você consegue enxergar em cada um desses círculos. A pessoa com visão normal enxergará um número e a pessoa com daltonismo enxergará um número diferente ou mesmo não enxergará número nenhum. No primeiro círculo, já demos a resposta correta. Para os outros testes, nos envie um comentário com o seu resultado e nós diremos se você é daltônico ou não.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Glare e Halos na Cirugia de Miopia

O Glare e os halos noturnos são fenômenos ópticos que podem ocorrerm em pessoas que fizeram a cirurgia refrativa para correção de miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Embora sejam transitórios e não ocorram o tempo inteiro, costumam causar incomodo nos pacientes. O glare e os halos ocorrem com mais freqüência a noite e em ambientes escuros
Glare e halos após cirurgia de miopia

Podemos dividir o glare em duas formas: A forma transitória que resolve espontaneamente em cerca de 3 meses e a forma persistente, na qual esses fenômenos duram por mais tempo.

Causas do Glare? 

O glare ocorre porque o laser é feito só na região central da córnea.A parte mais periférica da córnea não recebe o laser.
Em ambientes escuros, a pupila dilata e ultrapassa em tamanho a região da córnea aonde foi feito o laser. Como a pessoa passa a enxergar uma parte da córnea sem laser e outra com laser, ocorre esse glare. Isso também ocorre quando o laser não é feito exatamente no centro da córnea, ou seja quando o laser foi feito descentrado.
Vale lembrar que o mesmo fenômeno pode ocorrer em pessoas que usam óculos, quando ela olho por fora e por dentro da lente ao mesmo tempo e também em usuários de lentes de contato.













Fatores de risco para a ocorrência do glare:  

- Pacientes jovens e com olho claro 
- Pessoas com pupila grande 
- Cirurgias para graus altos de miopia ou astigmatismo 
- Tratamento a laser feito com diâmetro (tamanho) muito pequeno ou muito grande 
- Sobra de grau depois da cirurgia (hipo ou hipercorreção) 

Tratamento do Glare 

Como dito acima, a maioria dos casos resolvem espontaneamente em um período de até 3 meses. 
Os casos persistentes e que atrapalhem significativamente a vida da pessoa necessitam de tratamento, que pode ser feito com 

- Colírios que diminuem o diamtero da pupila. O mais comum é o colírio de pilocarpina diluído. Esse colírio é muito eficaz mas tem alguns efeitos colaterais e não é bom usa-lo por períodos prolongados. A outra opção é o colírio de tartarato de brimonidina (alphagan) que originalmente é um colírio para tratar glaucoma mas também tem um efeito no tamanho da pupila. A brimonidina tem sido a escolha da maioria dos cirurgiões 

- Nova cirurgia a laser: Nos casos de glare persistente pode ser feito um retratamento com laser. Nesse caso é importante que seja feito o exame de aberrometria (wave front) para programar o laser. Isso é o que chamamos de cirurgia personalizada, na qual corrigimos as chamadas aberrações de alta ordem

Para tirar suas dúvidas sobre a cirurgia refrativa e suas possíveis complicações, leia o texto abaixo

Para ler mais sobre cirurgia refrativa, leia o texto abaixo



Dúvidas sobre Cirurgia Refrativa

As dúvidas sobre cirurgia refrativa (ou cirurgia de miopia ou cirurgia para eliminar óculos) perguntadas nesse blog no último ano foram muitas. Infelizmente, esses comentários se perderam ao trocarmos o site de endereço e plataforma. Por isso fiz uma seleção de algumas dúvidas importantes e publiquei-as novamente nesse ano de 2012 na nova fase do Blog Médico de Olhos 
Leia essas dúvidas porque podem ser as suas também. Se ao final da leitura, ainda persistir com mais dúvidas, deixe seu comentário.

1 - Após ler várias coisas sobre Lasik na internet, fiquei com dúvidas quanto ao flap. Após cortado ele não "cola" mais. Fica daquele jeito cortado pra sempre? Se sim, teria perigo de sair do lugar? 

R: Depois do laser, o flap é recolocado na sua posição de origem. Com o tempo ele se adere ao restante da córnea e fica como se nunca tivesse sido feito. Mas nos primeiros dias essa adesão ainda não é completa e ele pode sim se deslocar. Por isso deve-se evitar traumas ou esforços físicos nos primeiros dias. Na verdade, o deslocamento do flap pode ocorrer até anos depois da cirurgia de Lasik mas isso é raro e geralmente só ocorre com trauma mais intenso. 
Quando o flap se desloca, é possivel recolocá-lo no lugar sem muito problema. Precisa fazer um novo procedimento no centro cirúrgico para recolocar o flap no lugar. O resultado embora variável, costuma ser bom.


2 - Estou para fazer a cirurgia a algum tempo, mas meus olhos são ressecados e alérgicos. Estou em tratamento com diversos medicamentos. Os meus olhos já estão quase bons, e a médica esta querendo marcar a cirurgia...mas estou em duvida com qual procedimento operar, a Lasik ou o PRK. Ela quer continuar usando os medicamentos antes e após a cirurgia, é indicado?

R = Quem tem olho seco e usa medicamentos para melhorar a lubrificação do olho deve ter especial atenção. A lubrificação do olho é importante não só durante a cirurgia mas também para obtermos uma boa recuperação no pós operatório. A própria cirurgia a laser causa um ressecamento ocular. A técnica de PRK costuma causar um ressecamento no pós operatório menor do que o LASIK e deve ser a técnica de escolha nesses casos. 
Além disso, um olho muito seco não consegue ter uma visão nítida. É importante que o médico cirurgião trate bem o olho seco antes da cirurgia e também depois. Em casos mais severos, é possível usar plugs de oclusão do ponto lacrimal, que melhoram a lubrificação e permitem uma recuperação mais rápida e melhor. 
Para ler mais sobre o assunto leia o texto 


3 – Eu já fiz cirurgia Ceratotomia Radial ? Agora o grau voltou. Posso fazer outra cirurgia refrativa, agora a Laser? 

R = Muitas pessoas que fizeram a cirurgia de ceratotomia radial anos atrás para correção de miopia e astigmatismo, tiveram um ótimo resultado e ficaram alguns anos livres dos óculos. Porém depois de 10 a 20 anos da ceratotomia radial, muitos voltaram a apresentar grau de óculos, geralmente hipermetropia e astigmatismo. É possivel fazer uma nova cirurgia se o paciente quiser mas não é assim tão fácil. Como a córnea ficou muito plana e irregular depois da cirurgia, é necessário fazer exames detalhados e programar bem a cirurgia a laser. Em alguns casos, o mais prudente é continuar de óculos ou lentes de contato do que tentar melhorar um problema e acabar piorando. Em outras situações a cirurgia a laser é segura. Ou seja, tudo dependerá dos exames pré operatórios.

4 – “Durante a cirurgia de miopia, tive problemas pra manter parado o olho e agora esse olho está em pior situação.”  “De acordo com o medico que me operou de miopia, eu tive hipercorrecao por ter mexido demais o olho na hora da cirurgia. Isso realmente é verdade, eu estava nervoso demais, mas o laser nao deveria interromper quando acusa movimento do olho? 

R: Todo aparelho de cirurgia refrativa, para miopia, hipermetropia e astigmatismo tem um sistema chamado Eye tracker. Esse sistema monitora a posição do olho quando o laser está funcionando e sempre que a pessoa mexe o olho, o laser desarma automaticamente. Isso impede que o laser seja feito fora da posição correta.  Mesmo com o eye tracker, quando a pessoa mexe muito o olho e o laser toda hora "arma, desarma, desarma e arma " novamente, o resultado não é tão bom quanto se o laser tivesse sido feito direto. Por isso, é importante que a pessoa se mantenha calma e tente manter o olho parado durante a cirurgia

5 - Operei lasik dia 24 de setembro, e no dia 27 percebendo visão dupla, fui submetido a procedimento para retirar estrias do flap, que incluiu a retirada do epitelio, apos isso coloquei lente protetora que retirei ontem. Qual o risco de ficar com a visão embaçada por causa das estrias?

R: Algumas vezes o flap pode enrugar ou se deslocar, causando as chamadas estrias do flap. Isso causa um embaçamento e uma distorção da visão. Nesses casos, é preciso reoperar para "esticar" o flap, retirando as estrias. No pós operatório dessa segunda cirurgia, a colocação de lentes de contato protetoras evitam que o flap "enrrugue" novamente. O importante nesses casos é não demorar muito para corrigir o problema. Operar assim que for diagnosticado as estrias do flap. A resposta costuma ser boa.

Estrias no Flap do Lasik

6 - Gostaria de saber as vantagens da utilização da técnica personalizada em relação a convencional para cirurgia de miopia. Obrigada

R: A diferença da técnica personalizada para a convencional é que na personalizada, além do grau, tentamos corrigir também, pequenas imperfeições da córnea chamadas aberrações de alta ordem. Essas aberrações são medidas através de um exame chamado aberrometria ou Wave-front. Somente nos casos em que essas aberrações de alta ordem são grandes é que a técnica personalizada seria melhor. Geralmente, a técnica de cirurgia a laser personalizada só tem vantagem em pessoas com graus mais altos, astigmatismos elevados e em casos de re-tratamento, ou seja, quando uma pessoa já operou, o grau voltou e vai operar novamente

7 - Fiz PRK há 20 dias e retirei as lentes com 6 dias de cirurgia. O médico teve grande dificuldade para retirar as lentes, elas estavam bem "grudadas". Após a retirada não aguentava ficar com os olhos abertos, eles lacrimejavam e ardiam muito. O que pode ter acontecido?

R: Na cirurgia do PRK a lente de contato (chamada terapêutica) é colocada para permitir que o epitélio da córnea se regenere (ou reepitelize). Isso normalmente acontece em 5 a 10 dias. Mas em algumas pessoas o epitélio demora mais para cicatrizar ou na hora de retirar as lentes, se estas estiverem muito "grudadas", o epitélio pode "abrir" novamente. Nesses casos, a córnea, ainda não cicatrizada, incomoda muito e é preciso recolocar a lente de contato para aliviar o desconforto

8 - Existe uma diferença muito grande na recuperação da cirurgia de miopia e a de hipermetropia?

R: O pós operatório imediato é igual para a cirurgia de miopia, a de hipermetropia ou a de astigmatismo. No entanto, em pessoas com hipermetropia é mais comum que após um período de mais ou menos 1 ano, apareça novamente, algum grau, geralmente menor do que antes da cirurgia. Tirando isso, não há diferenças significativas

9 – Estou fazendo os exames para operar miopia e o médico que fez o mapeamento da retina disse que tenho de fazer pelo menos 2 aplicações de laser fotocoagulação. Isso é verdade?

R: Todos os pacientes miopes, especialmente os com grau alto, podem ter alterações na retina, que devem ser tratadas antes da cirurgia refrativa, pois há risco de elas causarem descolamento de retina. Esse tratamento é feito com um tipo de laser específico (fotocoagulação com laser de argônio). Leia mais sobre o assunto no texto http://www.medicodeolhos.com.br/2010/05/tudo-sobre-miopia.html

10 - É verdade que quem faz essa cirurgia provavelmente não pode usar mais lentes comuns porque a córnea fica mais reta? 

R: Depois da cirurgia refrativa, a curvatura da córnea fica alterada. Além disso o olho pode ficar mais seco. Esses dois fatores podem dificultar a adaptação de lentes de contato depois da cirurgia a laser, porém não é proibido usar lentes. Na verdade, mesmo com esses 2 fatores mencionados, é relativamente fácil colocar lentes de contato em pessoas que fizeram cirurgia a laser.

11 – Quais as complicações mais comuns da cirurgia refrativa ? 

R: Em ordem de freqüência as complicações mais comuns são: Olho Seco, hipo (pouca) ou hiper (muita) correção (ou seja, grau residual) e distúrbios de visão à noite (principalmente glare).

12 - “Até hoje tenho muita dificuldade em dirigir a noite, já cheguei ao ponto de ter que parar o carro no acostamento e esperar todos os carros que estavam na faixa contrária passar...”
“Minha visão está boa, mas sinto dificuldades quando olho pras luzes (no período da noite), vejo halos e as luzes parecem mais fortes (como se eu estivesse feito um procedimento de dilatação da pupila)”



Leia sobre as diferenças entre as técnicas de PRK e LASIK, lendo o texto abaixo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tratamento da Distrofia de Fuchs

Tratamento da Distrofia de Fuchs

Nas fases iniciais da Distrofia de Fuchs não é necessário nenhum tratamento, só exames de controle a cada 6 ou 12 meses, principalmente com os exames de microscopia especular e paquimetria
Quando a córnea já começa a ter edema e o paciente apresenta os primeiros sintomas, podemos usar alguns colírios que diminuem o “inchaço” (edema) da córnea. Esses colírios (NaCl a 3 ou 5% e dimetilpolisiloxane) são feitos em farmácias de manipulação de colírios.
No entanto quando a doença progride, os colírios já não fazem tanto efeito e precisamos partir para o tratamento cirúrgico.

A cirurgia para a Distrofia de Fuchs é o transplante de córnea
Existem 2 tipos de transplante de córnea para a distrofia de Fuchs.
- Transplante penetrante (ou total) da córnea
- Transplante endotelial da córnea (sigla em inglês DSAEK)
Transplante de Córnea: Antes (em cima) e depois (em baixo)
Podemos fazer o transplante penetrante (ou total) da córnea, que é a troca de todas as camadas da córnea, ou o transplante endotelial, no qual trocamos apenas o endotélio da córnea.
O Transplante endotelial da córnea é muito interessante porque troca-se apenas a camada que está alterada na Distrofia de Fuchs. Com esse tipo de transplante, a recuperação é mais rápida e a cirurgia mais segura. No entanto, ela é tecnicamente mais difícil e nem todos os oftalmologista estão familiarizados com essa técnica.
Transplante de córnea: Aspecto no pós operatório
Eu tenho Distrofia de Fuchs. Quando devo fazer o transplante da córnea?
O transplante da córnea deve ser feito quando a doença já atrapalha a visão e compromete a sua qualidade de vida. Não é interessante atrasar muito o transplante pois podemos chegar a um estado muito avançado da doença chamado ceratopatia bolhosa. O transplante deve ser feito antes disso.

Tratamento da ceratopatia bolhosa


A ceratopatia bolhosa é quando o edema da córnea é tão grande que forma "bolhas" na sua superfície. Nesses casos mais avançados, além da baixa da visão, a dor é muito grande e causa um intenso desconforto na vida da pessoa. Então se não for possível fazer o transplante de córnea (que melhora tanto a visão quanto a dor) podemos fazer alguns procedimentos que melhoram apenas a dor. A mais rápida e simples é colocar uma lente de contato, chamada lente de contato terapêutica e que a pessoa dorme com ela. A melhora da dor é rápida porém é um tratamento temporário.
Depois, de forma mais definitiva, podemos fazer algumas cirurgias como micropuntura da córnea ou recobrimento com membrana amniótica ou recobrimento conjuntival.
Essas cirurgias são opções enquanto aguarda-se o transplante de córnea ou nos casos em que a visão está comprometida por outras causas e podemos fazer uma cirurgia mais simples do que o transplante.

Para saber o que é a Distrofia de Fuchs, seu diagnóstico e sintomas, clique aqui
Para ler mais sobre o Transplante de Córnea, clique aqui
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/05/transplante-de-cornea-como-e-cirurgia.html 


Você sabia que já é possível fazer o Transplante de Córnea a Laser? Leia o texto abaixo e descubra essa nova técnica
http://www.medicodeolhos.com.br/2012/01/transplante-de-cornea-laser.html 




Distrofia de Fuchs

A Distrofia de Fuchs (ou distrofia endotelial da córnea) é uma doença ocular que atinge a córnea podendo levar a perda parcial da visão. É uma doença que atinge principalmente as mulheres mas também acomete os homens. É mais comum em pessoas idosas mas também ocorre em pessoas mais jovens. A Distrofia de Fuchs sempre acomete os 2 olhos.
A córnea é uma estrutura transparente que fica na parte mais externa do olho e cuja função é permitir a passagem de luz para dentro do olho (é a “janela” do olho). Apesar de muito fina, a córnea é dividida em 5 camadas:

De fora para dentro temos:

Epitélio (camada mais externa)
Membrana de Bowman
Estroma (a camada do meio e mais grossa)
Membrana de Descement
Endotélio (a camada mais interna da córnea)

A Distrofia de Fuchs só atinge a camada chamada endotélio, a mais interna de todas.

O que a Distrofia de Fuchs causa no olho?
A Distrofia de Fuchs diminui a quantidade de células no endotélio. As células do endotélio vão naturalmente diminuindo de quantidade ao longo da vida, porém, na distrofia de fuchs isso ocorre de forma mais rápida e de forma diferente.
O endotélio da córnea é responsável por deixar a córnea transparente e, portanto, se o endotélio não estiver funcionando corretamente, a córnea perde sua transparência. É isso o que acontece nas formas mais graves da Distrofia de Fuchs, a perda da transparência da córnea e consequentemente, diminuição da visão.

Como se pega a Distrofia de Fuchs?
Distrofia de Fuchs não se pega. É uma doença causada por alteração nos genes. A pessoa já nasce com essa alteração nas suas células mas só vai manifestar a doença com o passar dos anos. Provavelmente essa alteração nos genes (cromossomos) foi herdada do pai ou da mãe.

Sintomas da Distrofia de Fuchs
Na fase inicial da doença, a pessoa não apresenta sintoma nenhum. Muitas vezes o diagnóstico é feito por acaso, ao ir ao oftalmologista fazer os óculos. Essa fase inicial, chamamos de córnea guttata .
A doença persiste sem sintomas por muitos anos. Conforme a doença progride, as células doentes do endotélio não conseguem mais deixar a córnea transparente e ela “incha” (isso é o que chamamos de edema de córnea). A pessoa passa a sentir uma piora da visão, com distorção das imagens, visão de halos ao redor das luzes e dificuldade visual. Os sintomas costumam ser mais acentuados pela manhã.

Córnea SEM edema

Córnea COM edema. 

Nas fases mais avançadas, o edema aumenta e surgem bolhas na superfície da córnea, uma condição chamada ceratopatia bolhosa, que causa muito desconforto visual e muita dor

Qual a relação entre Catarata e Distrofia de Fuchs ?
Quando uma pessoa se submete a uma cirurgia de catarata, o trauma da cirurgia, de certa forma “agride” as células do endotélio da córnea. Em uma pessoa com a córnea normal isso não costuma ter problema, mas em quem tem a Distrofia de Fuchs isso pode ser grave. A “agressão” da cirurgia num endotélio que já é doente, pode acelerar a evolução da distrofia e levar a ceratopatia bolhosa.
Portanto, quem tem Distrofia de Fuchs e vai fazer a cirurgia de catarata, deve procurar um cirurgião experiente e habilidoso e que usará produtos modernos para diminuir a “agressão” ao endotélio da córnea.

Como é feito o diagnóstico da Distrofia de Fuchs?
Quando a doença já está em fases avançadas é possível perceber as alterações da córnea no simples exame do oftalmologista. Mas em fases iniciais e para fazer o diagnóstico definitivo  um exame é fundamental, a microscopia especular.
A microscopia especular da córnea avalia apenas as células do endotélio da córnea, mostrando claramente as alterações da Distrofia de Fuchs. Também é muito importante para acompanhar a progressão da doença. Nesse exame, medimos a quantidade de células no endotélio e vimos as alterações típicas dessa doença, que são as excrescências do endotélio (as bolas pretas na foto a seguir).
Microscopia Especular Normal
Microscopia Especular na distrofia de fuchs
Outro exame importante é a paquimetria. O exame de paquimetria, mede a espessura da córnea e com isso, mede se há edema (“inchaço”) da córnea.

Eu tenho Distrofia de Fuchs. Tenho chances de passar para os meu filhos?
Sim. Essa doença é genética e seus filhos poderão herdar a Distrofia de Fuchs. A chance é de 50%.
Os seus filhos deverão fazer exames com o oftalmologista para avaliar essa possibilidade. E não só os filhos, mas os irmãos e pais de quem tem a Distrofia de Fuchs, devem fazer uma consulta oftalmológica para avaliação.

Existe cura para a Distrofia de Fuchs ?
A cura para a Distrofia de Fuchs é o transplante da córnea. A alteração genética responsável pela doença não temos como corrigir. Mas com o avanço da medicina, talvez no futuro seja possível “desligar” o gene alterado pela doença e impedir que a doença apareça.

Para saber sobre o Tratamento da Distrofia de Fuchs leia esse texto, clicando aqui:
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/11/tratamento-da-distrofia-de-fuchs.html 


Saiba mais sobre o Transplante de córnea, no texto abaixo
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/05/transplante-de-cornea-como-e-cirurgia.html 



Você pode ler mais sobre a Distrofia de fuchs no texto abaixo da wikipedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Fuchs%27_dystrophy

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Teste do Olhinho: Reflexo Vermelho

Teste do Olhinho (ou teste do reflexo vermelho) é um exame que deve ser realizado por todas as crianças recém nascidas antes de sair da maternidade. Em muitos estados do Brasil, o teste do olhinho já é obrigatório por lei mas toda mãe e todo pediatra devem estar atentos para não deixar de fazer esse exame muito importante.
Até o ano de 2012, o testo do olhinho é obrigatório em 10 dos 27 estados brasileiros. O Projeto de Lei 240/2007 que está tramitando no congresso vai tornar obrigatório o teste do olhinho em todo território nacional.


O que é o teste do olhinho?

É um exame feito pelo pediatra, na maternidade ou antes da primeira semana de vida, em crianças recém nascidas, para diagnosticar algumas doenças oculares. é parecido com o teste do pezinho ou o teste da orelhinha, só que mais fácil e mais rápido.

Como é feito o teste do olhinho?

O exame é muito simples, não precisa usar nenhum colírio, não precisa de nenhum treinamento muito específico e nem traz qualquer prejuízo a criança. O médico usa um aparelho portátil chamado oftalmoscópio direto, que parece uma lanterna. O exame dura em média 5 minutos apenas!


Quando deve ser feito o teste do olhinho?

Antes da primeira semana de vida, de preferência ainda na maternidade. Mas se não foi feito nessa época, deve ser feito assim que possível

Quem faz o teste do olhinho? O pediatra ou o oftalmologista?

O exame deve ser feito pelo pediatra. Se ele achar alguma alteração então a criança deve ser encaminhada a um oftalmologista

Como é o teste do olhinho normal e o alterado?

Quando iluminado pela fonte de luz do oftalmoscópio, o olho normal emite um reflexo vermelho ou alaranjado. Se aparecer um reflexo branco ou alguma sombra, o exame é considerado alterado e a criança deve ser encaminhada para o oftalmologista


Quais doenças o teste do olhinho detecta?

- Catarata congênita (casos em que a criança já nasce com catarata)
- Retinopatia da prematuridade (uma doença mais comum em crianças prematuras)
- Retinblastoma (o tumor mais comum em crianças) Leia mais sobre isso aqui
- Glaucoma
- Infecções (como toxoplasmose, toxocaríase)
- Persistência hiperplásica do vítreo primário


Segundo algumas pesquisas, quase 3% das crianças nascem com alguma dessas alterações e poderiam ser beneficiadas pelo diagnóstico precoce feito pelo teste do olhinho.
Mas o mais importante é que mais da metade das crianças com cegueira poderiam ter sido detectadas por esse exame.
Portanto, exija e espalhe a necessidade do teste do reflexo vermelho ou teste do olhinho!

Para mais informações, consulte a página da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediatrica
http://www.sbop.com.br/

Para ler mais sobre Retinoblastoma leia esse texto abaixo
http://www.medicodeolhos.com.br/2011/06/saiba-tudo-sobre-retinoblastoma.html 

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Artrite reumatóide e o Olho

A artrite reumatóide é uma doença autoimune, que afeta o colágeno. Como o colágeno é uma estrutura presente em vários órgãos do corpo, ela pode afetar diferentes órgãos, inclusive o olho. Nesse texto falaremos só sobre as alterações oculares da artrite reumatóide. (Para saber mais sobre as outras alterações da artrite reumatóide, clique aqui e leia esse texto).

As alterações que a artrite reumatóide (AR) pode causar no olho são:

1 – Olho seco ou ceratoconjuntivite sicca (síndrome de sjogren secundária)

Essa é a manifestação mais comum da AR no olho, afetando entre 15 e 25% de todos os pacientes com AR. Quanto mais tempo a pessoa apresenta sintomas da AR, mais fácil apresentar olho seco.
Os sintomas são de queimação, ardência, ressecamento, sensação de corpo estranho no olho, vermelhidão, lacrimejamento excessivo etc. Os sintomas costumam piorar ao longo do dia e especialmente em situações como uso de computador, ambientes com ar condicionado, vento etc.
Alguns exames simples são importantes: Teste da rosa bengala ou lisamina verde e o teste de schirmmer ajudam a fazer o diagnóstico do olho seco.
O tratamento deve ser feito com colírios lubrificantes, às vezes também com imunossupressores tópicos (colírios) de corticóides ou ciclosporina (restasis). (Clique aqui e leia esse texto sobre o tratamento do olho seco para saber mais sobre esse assunto).
Lisamina verde e olho seco
O paciente com AR e olho seco, geralmente também apresenta ressecamento da mucosa oral (dificuldade para engolir, boca seca...) caracterizando a síndrome de sjogren

2 – Episclerite

Episclerite é a inflamação da episclera, que é um tecido fino que reveste a parte branca do olho (chamada esclera). Se manifesta como uma vermelhidão localizada ou difusa do olho. Geralmente não causa dor ou sintomas importantes e melhoram sozinho em algumas semanas. Às vezes podemos usar antiinflamatórios. Pode ser confundida com a esclerite (ver abaixo)


3 – Esclerite

A esclerite é a inflamação da esclera, a parte branca do olho. Ao contrário da episclerite, na esclerite a dor é importante, a vermelhidão é mais intensa e às vezes também há baixa de visão. Um sintoma mais típico é a dor quando movimenta os olhos. A esclerite pode atingir toda (eslcerite difusa) ou apenas uma parte da esclera (esclerite localizada) e pode ser grave a ponto de levar a perda permanente da visão.
O tratamento deve ser imediato, com colírios e comprimidos imunossupressores (corticóides, ciclosporina, metrotexato por exemplo). Uma forma mais grave (e felizmente mais rara) da esclerite é a chamada esclerite necrozante em que o risco de complicações é enorme.
A ocorrência de esclerite em um paciente com AR é sinal de que a doença não está bem controlada e precisa de uma mudança no tratamento sistêmico.




4 – Ceratite ulcerativa

A ceratite é a inflamação da córnea. Na AR ela pode ser leve, decorrente do ressecamento ocular ou uma forma chamada ceratite ulcerativa periférica em que há afinamento da periferia da córnea, levando a distorção da visão e as vezes até a perfuração da córnea e perda do globo ocular. Nas formas mais graves, ocorre junto com esclerite, acometendo a córnea na sua parte mais próxima a esclera e depois seguindo para o centro. Nessa forma pode ocorrer perfuração da córnea, o que é uma urgência médica, precisando de cirurgia imediata. Esse último caso mais grave, geralmente vem acompanhado de uma vasculite sistêmica importante e precisa de tratamento com imunossupressor (corticóide por exemplo) por via oral.

5 – Vasculite retiniana

A vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos da retina, a parte mais interna do olho. É uma manifestação mais rara. A inflamação ocular é intensa e precisa de tratamento intensivo.

Efeitos colaterais dos medicamentos usados no tratamento da Artirte Reumatóide

Além das alterações que a AR causa diretamente no olho, os remédios usados para tratar essa doença sistêmicamente (comprimidos ou injeções) podem causar alterações oculares.
Os corticóides (prednisona, metilprednisona) por exemplo pode levar a glaucoma e catarata.
A cloroquina e a hidroxicloroquina podem afetar a retina (de forma mais grave e definitva) e a córnea (de forma mais leve). Os pacientes que usam esses medicamentos de forma crônica, devem fazer exames oftalmológicos (fundo de olho, campo visual e teste de cores) com freqüência. A hidroxicloroquina (plaquinol) é menos tóxica ao olho do que a cloroquina.

Se você tem artrite reumatóide não deixe de visitar seu oftalmologista com regularidade. Algumas manifestações são graves e indicam que o tratamento da doença não está adequado. O reumatologista precisa trabalhar junto com o oftalmologista para evitar riscos a visão.

Esse texto também foi publicado no endereço http://artritereumatoide.blogspot.com/2010/11/artrite-reumatoide-e-o-olho.htm. Esse site é feito pela Priscila Torres, de São Paulo, e que portadora de Artrite Reumatóide conta sua história no blog e ajuda milhares de outras pessoas com problemas semelhantes. Se você é portador de artrite reumatóide não deixe de visitar esse blog http://artritereumatoide.blogspot.com


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Moscas Volantes e Descolamento do Vítreo

O que é “moscas volantes” ?

As moscas volantes são pequenas manchas percebidas na nossa visão e que são decorrentes de alterações de uma estrutura do olho chamada vítreo (ou humor vítreo). Vítreo é uma espécie de "gelatina transparente" que preenche a parte interna do nosso olho e é formado basicamente de água. O vítreo fica aderido a retina e em algum momento da nossa vida ele se condensa ou se desprende da retina e nós passamos a enxergar esse pontos pretos ou cinzas chamados moscas volantes. As condensações vítreas ficam suspensas no vítreo e causam uma sombra na retina que é o tecido que “enxerga” no nosso olho, por isso a sensação de vermos “moscas” flutuando.
As moscas volantes são portando um sinal de Descolamento do Vítreo

Moscas volantes flutuando no vítreo
Essas condensações vítreas ficam flutuando no vítreo e quando mexemos rapidamente o olho eles se mexem também, e fica mais fácil percebe-los. Também é mais fácil ver essas moscas volantes quando olhamos para uma superfície branca (uma parede ou uma folha de papel por exemplo) porque tem menos contrastes de cores e objetos.

Como são as “moscas volantes” ?

Elas podem ter a forma de pontos (parecendo insetos), linhas (parecendo fios de cabelo), ou fragmentos de teia de aranha ou renda, que flutuam vagarosamente em frente aos olhos. As formas variam de pessoa para pessoa e podem se modificar com o tempo. Podem ser pretas, cinzas ou mais claras.

Moscas volantes
Por quê surgem as moscas volantes?

As moscas volantes geralmente ocorrer por um processo natural, fisiológico do nosso olho. Ela ocorre com mais freqüência em indivíduos acima de 60 anos, em pacientes com alto grau de miopia e em pacientes operados de catarata. Ela também pode ocorrer em conseqüência de algum trauma (soco ou queda) e nesses casos requerem uma atenção especial (leia abaixo).
Em algumas doenças em que ocorrem inflamação do vítreo (como uveite ou toxoplasmose) as pessoas também passam a perceber grande número de moscas volantes, e que muitas vezes continuam mesmo depois do tratamento.

As moscas volantes são preocupantes?

Em geral as moscas volantes NÃO representam nenhum risco para a visão da pessoa e não precisam de tratamento especial. No entanto, em raras ocasiões, quando o vítreo se descola da retina, ela causa um pequeno rasgo na retina e isso pode levar a uma condição chamada descolamento de retina, que é muito grave.

Quando devo me preocupar com as moscas volantes?

Quando as moscas volantes aparecem de um forma súbita (de uma hora para outra), ou vem acompanhado de sensações de flash ou relâmpagos (como se tivesse alguém tirando fotos) ou foi decorrente de algum trauma (soco ou tombo), a pessoa deve procurar um oftalmologista o mais rápido possível. Essas sensações de “flash” são chamada de fotopsia ou fosfenos.
Toda pessoa que tem moscas volantes deve realizar um exame oftamológico pelo menos uma vez.

Por que as moscas volantes podem ser perigosas?

Nos casos citados acima, as moscas volantes (descolamento do vítreo) podem significar que está ocorrendo um descolamento de retina junto (ou pelo menos um principio do descolamento de retina). Nesse caso é fundamental um bom exame oftalmológico para pesquisar se há algum risco de descolamento de retina e trata-lo.

Estou com moscas volantes. Quais exames devo fazer?

Dois exames são fundamentais para quem tem moscas volantes. O exame de fundo de olho com dilatação da pupila (chamado mapeamento de retina) e o ultrassom ocular (ultrassonografia ou ecografia). Com esses exames é possível avaliar se o descolamento do vítreo está tracionando a retina ou se há algum rasgo e, com isso, causando o risco de haver um descolamento de retina.

Descolamento da retina
Qual o tratamento para o descolamento do vítreo (moscas volantes)?

Em geral, como o descolamento do vítreo é uma coisa inocente, sem riscos para a visão não fazemos nada. Ou seja, não precisa de tratamento. Somente quando os sintomas são muito incômodos e não melhoram com o tempo, é que alguns médicos indicam uma cirurgia chamada vitrectomia. Essa cirurgia tem alguns riscos e por isso só é indicada em alguns casos selecionados
Não há nenhum colírio que melhore as moscas volantes.
Nos casos em que os exames (mapeamento de retina e ecografia) mostraram alguma tração na retina ou algum risco de descolamento de retina, é recomendado fazer uma aplicação de laser (laser de argônio) antes que o descolamento de retina ocorra. Essa aplicação de laser é relativamente simples, não dói, não tem grandes riscos e o paciente vai para casa na mesma hora.

Esse site abaixo é um site feito por pessoas que tem moscas volantes e que compartilham experiências e tentar achar uma cura para o problema. Vale uma visita


Para saber mais sobre descolamento de retina, leia o texto abaixo
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/09/descolamento-de-retina-causas-sintomas.html 

Sobre uveites e toxoplasmose leia o texto abaixo
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/10/uveite-ocular.html