O jogador do Santos, Neymar, teve um sangramento ocular após um trauma durante o jogo contra o Santo André na final do campeonato paulista.
Para quem viu a imagem pela televisão pareceu um lance comum, um trauma leve que acontece com certa frequência no futebol.
Mas o Neymar, infelizmente, teve um sangramento nos vasos sanguíneos da íris (a região colorida do olho).
A íris é um músculo e por isso tem muitos vasos sanguíneos. Quando um deles rompe fica sangue retido dentro da camara anterior do globo ocular. Essa condição é chamada de HIFEMA.
O sangue dentro do olho atrapalha a visão pois dificulta a passagem da luz. Mas em algumas horas esse sangue deposita na parte inferior do olho e a visão clareia. Por isso quando o Neymar chegou ao hospital a visão já estava boa. Esse sangue leva alguns poucos dias para ser totalmente reabsorvido.
O que justifica os médicos não terem liberado o jogador para retornar logo ao futebol é a possibilidade de haver um novo sangramento.
Além disso, o hifema pode causar um aumento da pressão ocular (glaucoma) ou impregnar ("manchar") a córnea e prejudicar a visão. Mas isso só ocorre em sangramentos grandes ou repetidos.
O hifema não ocorre só após traumas. Pode ocorrer também após cirurgias ou em decorrências de tumores ou inflamações oculares.
Os mais antigos vão lembrar o caso do Tostão que acabou por abreviar sua carreira de jogador. O que o Tostão teve foi um descolamento de retina, condição bem mais grave do que a do Neymar. Não há qualquer possibilidade do Neymar ter um prejuizo definitivo da visão e isso atrapalhar sua carreira. A não ser que ocorra outros sangramentos.
Essas duas doenças (hifema e descolamento de retina) podem ocorrer após traumas oculares mesmo que leves e devem ser motivos de precaução para qualquer atleta, seja profissional ou não. Alguns esportes como boxe ou outra lutas estão sob maior risco.
Mas agora o Dunga vai ter uma boa desculpa para deixa-lo fora da lista da Copa do Mundo. Infelizmente...
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