O Transplante de Córnea é o transplante de órgãos mais realizado no mundo e também o de maior sucesso. Vamos aqui explicar o que é e como funciona essa cirurgia.
O que é a córnea?
Córnea é o tecido transparente que fica na frente do nosso olho. É através dele que a luz entra no nosso olho. Caso ela perca sua transparência a visão vai ficar prejudicada. Para entender melhor, imagine um relógio com o vidro arranhado, embaçado... Mesmo que a máquina do relógio esteja funcionando, não vai ser possível ver as horas. É igual à córnea: caso ela esteja “embaçada, arranhada”, mesmo que o resto do olho esteja sadio, a visão vai ficar ruim.
Quem precisa fazer o TX? Para que serve?
O transplante de córnea está indicado, obviamente, para algumas doenças da córnea. Muitas pessoas acham que essa cirurgia resolve qualquer doença no olho, mas não é assim. Só as doenças da córnea podem se beneficiar dela. Não existe transplante de “todo o olho”, ou transplante de retina etc...
As principais indicações para transplante de córnea são:
Ceratocone
Cicatrizes pós algum trauma
Distrofias de córnea
Doenças congênitas (presentes no nascimento)
Paciente com ceratocone e opacidade de córnea. Para esse caso, um transplante seria uma boa indicação
No entanto, várias doenças, das mais simples, como conjuntivite até casos de infecção pelo vírus da herpes (herpes ocular) podem levar a complicações que necessitem de um transplante de córnea.
De onde vem a córnea doada?
Como em todo transplante, o tecido (no caso a córnea) vem de um doador morto. Após a liberação da família, a córnea é retirada e enviada a um banco de olhos. Esse banco de olhos, avalia, prepara e distribui a córnea que será usada na cirurgia.
Quem pode doar a córnea?
Qualquer pessoa que queira doar seus órgãos após a morte e ajudar outras pessoas que sofrem de problemas visuais. Não há qualquer restrição em relação a ter feito cirurgias oculares, ter glaucoma etc...
Também não há limitação de idade.
As córneas que o banco de olho considerar que não devem ser usadas para transplantes serão usadas em pesquisas científicas ou em treinamentos de novos cirurgiões.
Qual a importância da doação?
No Brasil, o número de transplante de córnea de córnea vem crescendo, mas ainda é muito pequeno em relação ao número de pessoas que esperam por essa cirurgia. Algumas pessoas estão hoje praticamente cegas e após a cirurgia vão poder voltar a levar uma vida normal sem limitações. Inclusive há muitas crianças esperando esse momento.
Aonde é feita a cirurgia?
A cirurgia de transplante de córnea é feita por oftalmologistas em centro cirúrgico de clínicas e hospitais, tanto públicos como privados. Tanto os médicos quanto os hospitais precisam estar credenciados no sistema nacional de transplantes.
Há risco de contrair doenças infecciosas?
Não. As córneas são avaliadas segundo rigorosas normas de controle internacionais e só são liberadas para cirurgia com a certeza que não representam risco para o paciente que irá recebê-la.
Quantas cirurgias de transplante de córnea são feitas no Brasil?
O Brasil dispões de um dos maiores programas públicos de transplante de orgãos e tecidos do mundo. No primeiro semestre de 2009 foram realizados 6151 transplantes de córnea no país. O estado de São Paulo lidera as estatísticas com 2948 transplantes. Minas Gerais com 713 e Paraná com 507 vem em seguida. O Rio de Janeiro só realizou 45 transplantes de córnea.
Há risco de rejeição de transplante de córnea?
Sim. Como em todo transplante de órgão há risco de rejeição. Mas no caso da córnea essa rejeição não representa risco iminente de vida como no transplante de coração ou de rim por exemplo. Muitas vezes é possível controlar essa rejeição com colírios.
É preciso usar imunossupressores para impedir a rejeição?
Não. Ao contrário do transplante de córnea de outros órgãos não é preciso usar esse medicamentos imunossupressores que causam muitos efeitos colaterais
Saiba mais sobre a distrofia de fuchs, clicando aqui
http://www.medicodeolhos.com.br/2010/11/tratamento-da-distrofia-de-fuchs.html
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